' Falta tanta coisa na minha janela como uma praia, falta tanta coisa na memória como o rosto dele*, falta tanto tempo no relógio quanto uma semana, sobra tanta falta de paciência que me desespero. Sobram tantas meias-verdades que guardo pra mim mesma*, sobram tantos medos que nem me protejo mais, sobra tanto espaço dentro do abraço, falta tanta coisa pra dizer que nunca consigo..

terça-feira, 29 de março de 2011

12 anos de idade;



Sou só eu ou é normal se comportar como se tivesse doze anos cada vez que alguém mexe com a gente? Porque, sério, tem hora que dá raiva! Você já viveu um monte, já passou por várias enrascadas sentimentais e jurou pra si mesmo que nunca mais – repito, nunca mais! – ninguém ia conseguir te tirar do centro, te fazer perder a lógica. Mas aí, por alguma razão que só Freud explica, aparece aquela criatura que nem é o maior gostosão da turma, nem a top model da galera, mas vai saber como, rouba sua atenção. E não é porque seja o mais atraente, ou a mais peituda. Na verdade, isso acaba sendo a última coisa que você repara porque está hipnotizado com outras qualidades.. Aquela pessoa é especial no jeito de falar, de rir, de arrumar o cabelo, de segurar o copo, de abraçar. Se é melhor ou pior, não dá pra saber! Simplesmente é especial, é diferente, e basta. De repente você se pega lembrando daquela pessoa no meio da sua 4a.feira nublada, fodeu.. O Mágico de Oz acaba de te contar que você tem um coração e não sabia! Se flagra sentado ao lado de alguém que te tira a naturalidade dos gestos que você ensaiou na frente do espelho. Fica sem saber direito o que falar, sem coragem de esticar a mão e fazer aquele carinho que você morre de vontade de fazer. Por que? Não sei.. Porque somos humanos e ficamos ponderando nossos passos pra não parecer entregues demais, nem interessados de menos. Qual a medida? Também não sei.. Esticar a mão e acariciar as costas? Fazer um cafuné? Dar as mãos e torcer pr’aquela mão não largar a sua? Qual o limite entre demonstrar interesse e invadir o espaço do outro? A vontade é grande, mas a incerteza da aceitação é uma âncora pesada demais pro nosso barquinho! Por isso a gente recua. Não estica a mão, não faz o cafuné. E volta pra casa com vontade de dormir umas vinte horas e sonhar, porque no sonho é mais fácil olhar nos olhos e se permitir, seja lá o que for. !

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