' Falta tanta coisa na minha janela como uma praia, falta tanta coisa na memória como o rosto dele*, falta tanto tempo no relógio quanto uma semana, sobra tanta falta de paciência que me desespero. Sobram tantas meias-verdades que guardo pra mim mesma*, sobram tantos medos que nem me protejo mais, sobra tanto espaço dentro do abraço, falta tanta coisa pra dizer que nunca consigo..

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Pelo mundo;

"Isso é para os loucos; os desajustados; os rebeldes; os desordeiros; para os peixes-fora-d’água; para aqueles que vêem as coisas de forma diferente. 
Eles não gostam de regras e não nutrem o menor respeito pelo Status Quo
Você pode citá-los, discordar deles, glorificá-los ou difamá-los. A única coisa que você não pode fazer é ignorá-los. Porque eles transformam as coisas: eles inventam, eles imaginam; Eles curam, eles exploram, eles criam, eles inspiram. 
Eles impulsionam a raça humana para frente. 
E enquanto alguns podem vê-los como loucos, nós vemos o gênio. 

Porque as pessoas que são loucas o suficiente para achar que podem mudar o mundo são aquelas que, de fato, mudam.


- Steve Jobs.

domingo, 5 de junho de 2016

Geração corrompida;

' Por que é tão mais fácil banalizar nossos sonhos do que admitir que precisamos mudar tudo o que está "errado"? Reconhecer a importância da Terapia, dos Psicólogos, dos projetos centrados no Ser Humano, de valorizar o individuo como pessoa e reconhecer suas necessidades e habilidades? Olhar para nossa saúde mental com o mesmo cuidado e carinho que olhamos para outras coisas que "julgamos mais importantes". 
Fazemos parte de uma geração doente, mas que ainda assim não reconhece, valoriza ou dá espaço para mudanças fundamentais em seu dia-a-dia (e em seu bem estar mental). Desconhecemos, ou não queremos reconhecer, o poder que o nosso psicológico exerce sobre nós. 
Enquanto banalizarmos a gravidade dos sintomas ("isso é normal", "logo passa", "é frescura"), estaremos sofrendo. 
Enquanto tratarmos pessoas como números, estaremos doentes. 
Enquanto considerarmos saúde mental como tabu (ou coisa de louco), não nos encontraremos. 
Enquanto não dermos espaço (e voz) as pessoas que se dedicam a vida inteira por uma melhor compreensão do ser humano, estaremos perdidos. '


 ‪#‎ReflexãoDoDia‬ ‪#‎SuperBoaNoite‬

sábado, 4 de junho de 2016

Perdidos;

A nossa geração não é uma geração feliz. E não tá tudo bem quanto a isso. 
Tá todo mundo perdido, todo mundo sem rumo. A verdade é que tá todo mundo sem esperança, e quando a esperança morre, uma parte da gente morre junto. Tá todo mundo meio morto por dentro, vivendo em um mundo aonde a gente é 24 horas pressionado pela sociedade, escola, família, estágio, faculdade, trabalho, amigos... 
Não tá tudo bem. Tá tudo mal. Tá tudo muito mal. 
A nossa geração tá baseada em ataques de pânico, crises de ansiedade, depressão, bipolaridade, tentativas de suicídio, suicídio, auto mutilação, transtornos alimentares, fobias. A nossa geração é infeliz pra caramba. 
A gente procura alguma coisa pra se viciar pra fugir dessa infelicidade, sorte a nossa quando o vício é a internet, um sono exagerado e umas séries na netflix. Ainda assim eu não consigo descrever o quão deprimente é ver jovens vivendo suas vidas trancados em quartos sem vontade alguma de sair. Mas mais triste é quando o vício é auto destrutivo. Triste é quando isso mata a gente por dentro aos poucos sem a gente perceber. E pior ainda é quando a gente percebe mas já perdeu o controle disso. Ou ainda tem controle e não se importa mais. 
A pressão vinda de todos os lados tá deixando os jovens doentes. A falta de entendimento tá deixando a gente maluco, se é assim que a maioria gosta de chamar. O crescimento da tecnologia, que tinha tudo pra ser algo bom, tá fritando nossas cabeças e controlando nossas vidas de uma forma bizarra em vez do nos ajudar. A ignorância em relação a saúde mental tá destruindo a cabeça de todo mundo. A falta de empatia entre nós mesmos tá tornando nossas vidas cada vez mais difíceis. E chega um dia que isso não tem volta. Não é drama, não é exagero. É uma realidade que ninguém quer encarar. Porque não é normal. 
Não, não é normal o cara parar de viver pra passar em um vestibular, não é normal o cara parar de comer para se encaixar em um padrão criado pela sociedade. Não é normal o cara não poder se divertir porque ele não tem tempo porque tem trabalhos demais da faculdade. Não é normal o cara não ter amigos porque ninguém "atura" as crises dele e não sabe lidar quando ele não tá bem. Não é normal o cara não conseguir um emprego porque ele se veste do jeito que quer e tem o cabelo azul. Não é normal o cara não conseguir sair de casa por dias sem ter uma crise de pânico. Não é normal o cara de 15/16/17/18 anos ou algo por aí passar mais noites chorando do que dormindo. Não é normal o cara não poder mais falar com os pais porque ele namora outro cara. Não é normal todos estarem 100% preocupados com o nosso futuro acadêmico, nosso sucesso no mercado de trabalho escolhido muitas vezes por outras pessoas e 0% com a nossa saúde mental, com nossos desejos, nossos planos, nossos sonhos. Não é. Não é normal um monte de coisa que a sociedade vêm dizendo pra gente que é normal, que a gente tem que aceitar, que a gente tem que seguir, que respeitar. Não é normal dizerem isso 300 vezes por dia no nosso ouvido até a gente acreditar e nunca se sentir bom o suficiente. 
Eu tô cansada de ver meus amigos indo embora, se tornando outras pessoas, se cansando de quem são, desistindo de quem são e de tudo que queriam ser. Eu tô cansada de ver meus amigos sumindo, desacreditando deles mesmos, desacreditando que eles são bons o suficiente. Tô cansada de ver meus amigos se cansando de viver. Tô cansada de ver todos os jovens perdendo sua originalidade em um vazio que foi dito a eles que era obrigatório ser seguido, porque o outro caminho que eles escolheram era inútil e não valia de nada. Tô cansada de ver jovens que não conseguem enxergar seu valor sozinhos e cansada do resto do mundo só confirmando a eles que esse valor é 0. 
A vida é pra ser prazerosa, e é isso que estão tirando da gente. 
Escuto constantemente que as outras gerações foram mais úteis para o mundo, fizeram mais pela gente, importaram mais. Mas como podemos ser ou fazer alguma coisa para o mundo quando as pessoas nos dizem pra não termos esperança nem em nós mesmos? 


Por Maria Luiza Pimenta.