' Falta tanta coisa na minha janela como uma praia, falta tanta coisa na memória como o rosto dele*, falta tanto tempo no relógio quanto uma semana, sobra tanta falta de paciência que me desespero. Sobram tantas meias-verdades que guardo pra mim mesma*, sobram tantos medos que nem me protejo mais, sobra tanto espaço dentro do abraço, falta tanta coisa pra dizer que nunca consigo..

terça-feira, 26 de abril de 2011

Afinal, o tempo passou;

"Às vezes me lembro dele. Sem rancor, sem saudade, sem tristeza. Sem nenhum sentimento especial a não ser a certeza de que, afinal, o tempo passou. Nunca mais o vi, depois que foi embora. Nunca nos escrevemos. Não havia mesmo o que dizer. Ou havia? Ah, como não sei responder as minhas próprias perguntas! É possível que, no fundo, sempre restem algumas coisas para serem ditas. É possível também que o afastamento total só aconteça quando não mais restam essas coisas e a gente continua a buscar, a investigar — e principalmente a fingir. Fingir que encontra. Acho que, se tornasse a vê-lo, custaria a reconhecê-lo"


{Caio Fernando Abreu}

domingo, 24 de abril de 2011

Viva o cavalheirismo;

" Eu gosto quando abrem a porta do carro para mim. Eu gosto quando carregam meus pacotes. Eu gosto quando andam do lado de fora da rua. Eu gosto quando pagam a conta do jantar. Eu gosto quando colocam o paletó em meus ombros para eu não passar frio. Eu gosto que me dêem passagem primeiro na porta e abram a porta para mim. Eu gosto que me dêem o braço quando eu estiver com um salto muito alto num piso ruim de andar. Eu gosto de ser tratada como uma dama, uma princesa, como uma rainha. E isso não vale apenas para os homens que nos relacionamos mais intimamente. Vale para qualquer homem. Para aquele que dá lugar para eu sentar. Para aquele que ajudou a trocar meu pneu na rua. Para o que segurou a porta do elevador... todo homem deve ser cavalheiro! "


{Liliana Pellegrini}

sábado, 23 de abril de 2011

Pra viver mais feliz;

Talvez Deus queira que nós conheçamos algumas pessoas erradas antes de encontrar a pessoa certa para que saibamos, ao encontrá-la, agradecer por esta bênção.


Quando a porta da felicidade se fecha, outra porta se abre.
Porém, estamos tão presos àquela porta fechada que não somos capazes de ver o novo caminho que se abriu.

O melhor amigo é aquele com quem nos sentamos por longas horas, sem dizer uma palavra, e ao deixá-lo, temos a impressão de que foi a melhor conversa que já tivemos.


Ao darmos a alguém todo o nosso amor nunca temos a certeza de que iremos receber este amor de volta. Não ame esperando algo em troca, espere para que este sentimento cresça no coração daquele que você ama. E se isto não ocorrer, esteja feliz por este sentimento estar crescendo em seu coração. Em questão de segundos nos apaixonamos por alguém, mas levamos uma vida inteira para esquecer alguém especial.


Não busque boas aparências, elas podem mudar. Só precisamos de um sorriso para transformarmos um dia ruim. Encontre aquela pessoa que faça seu coração sorrir.

Há momentos na vida em que sentimos tanto a falta de alguém que o que mais queremos é tirar esta pessoa de nossos sonhos e abraçá-la.


Sonhe com aquilo que você quiser, vá para onde você queira ir, seja o que você quer ser, porque você possui apenas uma vida e nela só temos uma chance de fazer aquilo que queremos.

Tenha felicidade bastante para fazê-la doce, dificuldades para fazê-la forte, tristeza para fazê-la humana e esperança suficiente para fazê-la feliz. As pessoas mais felizes não têm as melhores coisas. Elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus caminhos.


A felicidade aparece para aqueles que choram, para aqueles que se machucam, para aqueles que buscam e tentam sempre, e para aqueles que reconhecem a importância das pessoas que passam por suas vidas.

O futuro mais brilhante sempre estará baseado num passado; você só terá sucesso na vida quando aprender com os erros e as decepções do passado.

Quando você nasceu, você estava chorando e todas as pessoas ao seu redor estavam sorrindo.
Viva de um modo que, ao morrer, você seja aquele que esteja sorrindo enquanto todos a sua volta estejam chorando.


E o mais importante, viva na presença de Deus todo seu tempo. Aproveite seu tempo agora para conhecê-lo e aprender quem Ele é, e quem ele espera que você seja enquanto você está aqui.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Talvez;

É, eu confesso que não é exatamente a realidade que eu esperava encontrar. Talvez isso mude. Talvez você entre na minha vida sem tocar a campainha e me sequestre de uma vez. Talvez você pule esses três ou quatro muros que nos separam e segure a minha mão, assim, ofegante, pra nunca mais soltar. Talvez você ainda possa pular no rio e me salvar. Ou talvez eu só precise de férias, um porre e um novo amor. Porque no fundo eu sei que a realidade que eu sonhava afundou num copo de cachaça e virou utopia.


{Caio Fernando Abreu}

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Escolhas;


Nossas escolhas não podem ser intuitivas, elas têm que refletir o que somos. Lógico que se deve reavaliar decisões e trocar de caminho. Ninguém é o mesmo para sempre.

Mas que as mudanças de rota venham para acrescentar, não para anular a vivência do caminho anteriormente percorrido. A estrada é longa o tempo é curto. Não deixe de fazer nada, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as conseqüências.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Fome de amor;

Uma vez Renato Russo disse com uma sabedoria ímpar: ‘Digam o que disserem, o mal do século é a solidão’. Pretensiosamente digo que assino embaixo sem dúvida alguma. Parem pra notar, os sinais estão batendo em nossa cara todos os dias. Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes, danças e poses em closes ginecológicos, chegam sozinhas e saem sozinhas. Empresários, advogados, engenheiros que estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e, sozinhos. Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos ‘personal dance’, incrível. E não é só sexo não, se fosse, era resolvido fácil, alguém duvida?

Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho sem necessariamente ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico, fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão ‘apenas’ dormir abraçados, sabe essas coisas simples que perdemos nessa marcha de uma evolução cega. Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção. Tornamos-nos máquinas e agora estamos despreparados por não saber como voltar a ‘sentir’, só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós.


Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada no site de relacionamento ORKUT, o número de comunidades como: ‘Quero um amor pra vida toda!’, ‘Eu sou pra casar!’ até a desesperançada ‘Nasci pra ser sozinho!’. Unindo milhares, ou melhor, milhões em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis. Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento e estamos a cada dia mais belos e mais sozinhos. Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário, pra chegar a escrever essas bobagens (mais que verdadeiras) é preciso encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa.

Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia é feio, é demodé, é brega. Alô gente! Felicidade, amor, todas essas emoções nos fazem parecer ridículos, abobalhados, e daí? Seja ridículo, não seja frustrado, ‘pague mico’, saia gritando e falando bobagens, você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta mais (estou muito brega!), aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso à dois.


Quem disse que ser adulto é ser ranzinza, um ditado tibetano diz: ‘Se um problema é grande demais, não pense nele e se é pequeno demais, prá que pensar nele”. Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo ou ser uma advogada de sucesso que adora rir de si mesma por ser estabanada; o que realmente não dá é continuarmos achando que viver é out, que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo ou que eu não posso me aventurar a dizer prá alguém: ‘vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida’.


Antes idiota que infeliz!

{Arnaldo Jabor}

terça-feira, 19 de abril de 2011

Um homem Inteligente Falando das Mulheres;

O desrespeito à natureza tem afetado a sobrevivência de vários seres e entre os mais ameaçados está a fêmea da espécie humana. Tenho apenas um exemplar em casa, que mantenho com muito zelo e dedicação, mas na verdade acredito que é ela quem me mantém. Portanto, por uma questão de auto-sobrevivência, lanço a campanha 'Salvem as Mulheres!' 



Tomem aqui os meus poucos conhecimentos em fisiologia da feminilidade a fim de que preservemos os raros e preciosos exemplares que ainda restam:

Habitat

Mulher não pode ser mantida em cativeiro. Se for engaiolada, fugirá ou morrerá por dentro. Não há corrente que as prenda e as que se submetem à jaula perdem o seu DNA. Você jamais terá a posse de uma mulher, o que vai prendê-la a você é uma linha frágil que precisa ser reforçada diariamente.

Alimentação correta

Ninguém vive de vento. Mulher vive de carinho. Dê-lhe em abundância. É coisa de homem, sim, e se ela não receber de você vai pegar de outro. Beijos matinais e um 'eu te amo’ no café da manhã as mantém viçosas e perfumadas durante todo o dia. Um abraço diário é como a água para as samambaias. Não a deixe desidratar. Pelo menos uma vez por mês é necessário, senão obrigatório, servir um prato especial.

Flores

Também fazem parte de seu cardápio – mulher que não recebe flores murcha rapidamente e adquire traços masculinos como rispidez e brutalidade.

Respeite a natureza

Você não suporta TPM? Case-se com um homem. Mulheres menstruam, choram por nada, gostam de falar do próprio dia, discutir a relação? Se quiser viver com uma mulher, prepare-se para isso.

Não tolha a sua vaidade

É da mulher hidratar as mechas, pintar as unhas, passar batom, gastar o dia inteiro no salão de beleza, colecionar brincos, comprar muitos sapatos, ficar horas escolhendo roupas no shopping. Entenda tudo isso e apoie.


Cérebro feminino não é um mito

Por insegurança, a maioria dos homens prefere não acreditar na existência do cérebro feminino. Por isso, procuram aquelas que fingem não possuí-lo (e algumas realmente o aposentaram!). Então, aguente mais essa: mulher sem cérebro não é mulher, mas um mero objeto de decoração. Se você se cansou de colecionar bibelôs, tente se relacionar com uma mulher. Algumas vão lhe mostrar que têm mais massa cinzenta do que você. Não fuja dessas, aprenda com elas e cresça. E não se preocupe, ao contrário do que ocorre com os homens, a inteligência não funciona como repelente para as mulheres.

Não faça sombra sobre ela

Se você quiser ser um grande homem tenha uma mulher ao seu lado, nunca atrás. Assim, quando ela brilhar, você vai pegar um bronzeado. Porém, se ela estiver atrás, você vai levar um pé-na-bunda.

Aceite: mulheres também têm luz própria e não dependem de nós para brilhar. O homem sábio alimenta os potenciais da parceira e os utiliza para motivar os próprios. Ele sabe que, preservando e cultivando a mulher, ele estará salvando a si mesmo.



E meu amigo, se você acha que mulher é caro demais, vire gay.
Só tem mulher quem pode!

{Luiz Fernando Veríssimo}

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Verdade nua e crua;

"Todos têm terror do silêncio e da solidão e vivem a bombardear-se de telefonemas, mensagens escritas, e-mails e contatos no Facebook e nas redes sociais da Net, onde se oferecem como amigos a quem nunca viram na vida. Em vez do silêncio, falam sem cessar; em vez de se encontrarem, contatam-se, para não perder tempo; em vez de descobrirem-se, expõem-se logo por inteiro: fotografias deles e dos filhos, das férias na neve e das festas de amigos em casa, a biografia de suas vidas, com amores antigos e atuais. E todos são bonitos, jovens, divertidos, "leves", disponíveis, sensíveis e interessantes. E por isso é que vivem nessa estranha vida: porque muito embora julguem poder ter o mundo aos pés, não aguentam um dia de solidão" 

domingo, 17 de abril de 2011

É ou não é;

''Não gosto de nada que é raso, de água pela canela. Ou mergulho até encontrar o reino submerso de Atlântida, ou fico à margem, espiando de fora. Não consigo gostar mais ou menos das pessoas, e não quero essa condescendência comigo também.''


{Martha Medeiros}

sábado, 16 de abril de 2011

Incompreensível;

"O que mais surpreende é o homem, pois perde a saúde para juntar dinheiro, depois perde o dinheiro para recuperar a saúde. Vive pensando ansiosamente no futuro, de tal forma que acaba por nao viver nem o presente, nem o futuro. Vive como se nunca fosse morrer e morre como se nunca tivesse vivido."


{Dalai Lama}

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Romance de cinema;


As pessoas não acreditam em romances de cinema, porque não têm coragem de fazê-los acontecer!

segunda-feira, 11 de abril de 2011

O amor não tira férias;

Eu descobri que quase tudo que já escreveram sobre o amor é verdade. Shakespeare disse: “encontro de amor é jornada finda”, Ah! Que idéia fabulosa! Eu mesma nunca vivenciei uma coisa remotamente parecida, embora acredite que Shakespeare possa ter vivido isso.

Eu acho que penso no amor mais do que qualquer um deveria. Fico sempre perplexa com o seu enorme poder de modificar e definir nossas vidas. E foi Shakespeare quem disse: ”O amor é cego”, e isso é uma coisa da qual eu tenho certeza.


Para alguns, de maneira inexplicável, o amor começa a murchar. Para outros, o amor simplesmente se perde. Por outro lado, claro, o amor também pode ser encontrado, mesmo que apenas por uma noite. E há também outro tipo de amor, o tipo mais cruel, aquele que mata suas vítimas, esse se chama, “amor não correspondido” e eu sou especialista nele. A maioria das histórias de amor é de pessoas que se apaixonam umas pelas outras. Mas e o restante de nós? E as nossas histórias? Nós, que nos apaixonamos sozinhos? Somos vítimas de uma relação de mão única. Somos a maldição dos apaixonados. Somos os não amados. Os que caminham feridos. Os deficientes sem direito a uma vaga exclusiva. E vocês estão olhando pra uma pessoa assim!


Eu amo um homem por espontânea vontade a mais de três anos. Anos terríveis, certamente, os piores anos da minha vida, os piores natais, os piores aniversários, revellions regados de lágrimas e calmantes. Esses três anos em que eu estive apaixonada têm sido os mais tristes da minha vida, tudo por que eu fui amaldiçoada a amar um homem que nunca vai me amar. Só de olhar pra ele, o meu coração dispara, minha garganta aperta, impossível engolir... enfim, os sintomas de costume.

Texto extraído do filme: O Amor Não Tira Férias

domingo, 10 de abril de 2011

Homossexualismo;

Em primeiro lugar, ninguém tem o direito de julgar algo ou alguém. É obrigação de todos os seres humanos sabermos respeitar nossas diferenças e aprender a lidar com elas da melhor maneira possível. Eu tenho amigas e amigos homossexuais e sei o quanto a maioria deles (pra não dizer todos eles) sofrem com esta decisão. Preconceito, discriminação e mais tantas coisas horríveis que nem compensa perder tempo citando. O fato é que amor, é simplesmente amor, pouco importa suas condições. Você não precisa entender ou apoiar, basta saber respeitar!

Ricky Martin escreveu em sua autobiografia: "Gostaria de dizer que sou homossexual por este ou aquele motivo. Mas não posso. Pelo que sei, ninguém sai por aí explicando por que gosta do sexo oposto, por que gosta de loiras ou por que gosta de carecas. Uma pessoa sente o que sente, e tentar explicar os motivos não apenas é inútil, mas errado. Atração não tem uma razão lógica.". 

A homossexualidade foi encontrada em mais de 450 espécies. A homofobia só em uma. Qual é a antinatural? Coloque isso no seu mural e demonstre que você também é contra a homofobia.



sexta-feira, 8 de abril de 2011

Quem você escolheria?

 - Devíamos ter mais opções de escolha.
- Como assim?
- Escolher de quem gostar, por exemplo...
- Isso não dá.
- E se desse, o que você faria?


{Pensando}

- Ainda assim, escolheria você!

quinta-feira, 7 de abril de 2011

O tempo;

Chorar não resolve, falar pouco é uma virtude, aprender a se colocar em primeiro lugar não é egoísmo e o que não mata com certeza fortalece. As vezes mudar é preciso, nem tudo vai ser como você quer, a vida continua. Pra qualquer escolha se segue alguma conseqüência, vontades efêmeras não valem a pena, quem faz uma vez não faz duas necessariamente, mas quem faz dez, com certeza faz onze. Essa história de que é melhor acordar arrependido do que dormir com vontade é mentira! Perdoar é nobre, esquecer é quase impossível. Nem todo mundo é tão legal assim, e de perto ninguém é normal. Quem te merece não te faz chorar, quem gosta cuida, o que está no passado tem motivos para não fazer parte do seu presente, não é preciso perder pra aprender a dar valor e os amigos ainda se contam nos dedos. Aos poucos você percebe o que vale a pena, o que se deve guardar pro resto da vida, e o que nunca deveria ter entrado nela. Não tem como esconder a verdade, nem tem como enterrar o passado. O tempo sempre vai ser o melhor remédio, mas seus resultados nem sempre são imediatos.


{Charles Chaplin}

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Para um cão,


você não precisa de carrões, de grandes casas ou roupas de marca. Símbolos de status não significavam nada para ele. Um graveto já está ótimo. Um cachorro não se importa se você é rico ou pobre, inteligente ou idiota, esperto ou burro. Um cão não julga os outros por sua cor, credo ou classe, mas por quem são por dentro. Dê seu coração a ele, e ele lhe dara o dele. De quantas pessoas podemos dizer o mesmo? Quantas pessoas fazem você se sentir raro, puras e especiais? Quantas pessoas nos fazem sentir... extraordinários?


[Marley e Eu]

terça-feira, 5 de abril de 2011

Algumas verdades precisam ser ditas;

Sofrer faz parte da vida e nos ajuda a crescer. Mas já parou pra pensar que grande parte desse sofrimento pode ser evitado? Leia.


Se o cara estiver realmente interessado em você, ele vai ligar e você não vai precisar ficar grudada do lado do telefone esperando. Ele simplesmente vai dar um jeito de falar com você. Quando a pessoa realmente esta afim da gente, ela não faz ”joguinhos”. Quem faz “joguinhos” não gosta de você de verdade. Pode até ser que ele te ligue, ou apareça, depois de um tempo, mas vai ser só pra tentar te manipular, e como consequência, te levar pra cama. Se ele conseguir, vai te fazer esperar mais uma vez e depois, quando der na telha, vai te ligar outra vez. E se você não mandá-lo pastar, ele vai continuar te vendo como um brinquedinho e não vai ter o menor respeito por você. O cara que realmente estiver afim de você vai fazer de tudo para que você saiba disso, vai tentar demonstrar, vai te ligar apenas pra dar boa noite, vai fazer questão de te ver e de mostrar que esta pensando em você. O que eu digo é, antes de mais nada, ame a si mesma (o). Sinta o prazer de sua própria companhia. Ela é importante e mais valiosa do que qualquer outra. A solidão pode machucar bastante, mas também nos fazer crescer. E só então, quando você se descobrir e se valorizar, vai enxergar com mais clareza o próximo. Vai ver se vale à pena, ou não, investir seu precioso tempo naquele carinha bonitinho que você esta afim. E vai saber também quando o cara não esta querendo nada mais do que, simplesmente, te enrolar.

domingo, 3 de abril de 2011

Acorde, mulher!

Você é linda, inteligente, tem um ótimo perfume e seus olhos brilham mais que um punhado de purpurina. Por que chora? Perdeu em alguma esquina seu encanto?! Ninguém pode tirar de você seu mais belo sorriso, motivo de idas e vindas saltitantes. Coloque sua música favorita para tocar, respire fundo e faça o que de melhor sabe fazer: ser você. 

{Caio Fernando Abreu}

sábado, 2 de abril de 2011

Meu 1º "bad-boy"

É engraçado como quando as coisas acontecem com a gente, a gente não consegue ter clareza dos fatos, ou não quer ter, sei lá! Como eu disse em um dos meus post's anteriores, eu nunca fui o tipo de menina que ficava apaixonada por caras considerados "bad-boys"! Já me interessei sim, por falsos-bonzinhos, mas durava só até eu descobrir que essa "bondade" toda não condizia com a realidade. Porém, como toda regra tem a sua exceção, não poderia ser diferente nesse caso, né? Na verdade eu passei muito tempo apaixonada pelo cara mais irritante da escola! Ele não era o TOP da escola, muito menos o mais bonitão, nem o mais galinha, mas sem dúvidas nenhuma ele era o mais irritante! Não com os outros, mas comigo.

Ele rabiscava meu caderno, bagunçava meu cabelo, não deixava eu fazer lição. Jogava meu estojo no ventilador e apagava a lousa com o meu blusão. Uma vez ele colou chiclete no meu cabelo. Ele era um inferno! Mas sei lá por que, eu gostava dele. Talvez porque mesmo fazendo tudo isso, ele conseguia ser incrivelmente fofo. A gente passava todas as aulas sentado juntos, conversando sobre um monte de coisas. Lembra aquela bala, IceKiss, que vinha com uns recadinhos dentro? A gente vivia trocando. As vezes a gente fingia que namorava. E ele falava pra todo mundo que era meu namorado. Mesmo quando eu queria odiar ele com todas as minhas forças, ele dava um jeito de consertar as coisas. E era isso que eu mais odiava nele! 

Ele deixava eu rabiscar todo o caderno dele, deixava eu rabiscar o braço dele inteiro, deixava eu passar batom nele! Ele odiava quando eu bagunçava o topete dele, mas ainda assim, ele deixava! A gente tinha as brigas mais malucas e mais absurdas do mundo. Na 1ª aula a gente discutia e sentava longe, na 2ª aula ele já tava ali, sentado do meu lado, tentando me agradar. Ele podia me falar absurdos, mas se alguém me fizesse chorar ele ia tirar satisfação. Ele me dava os melhores conselhos, me contava as piores coisas. Até que ele se tornou um dos meus melhores amigos. E não tem nada mais difícil do que ser apaixonada pelo melhor amigo. Sério! Não tem mesmo. E não pensem que estou me referindo a amor de criançinha, não. Eu gostei desse menino dos meus 12 aos meus 16 anos. E sim, no começo, era amor de criançinha mesmo, mas quando toda a história realmente "aconteceu" a gente já era adolescente.


Eu lembro que éramos muito próximos, e ficávamos com todas essas frescurinhas que eu já citei. Mas não passava disso. Na 6ª/7ª série a gente mais brigava do que conversava. Ele fazia de tudo pra me irritar, e sempre conseguia. Na 8ª a gente já tinha se tornado bem mais amigo e conversava sobre um monte de coisas. Ele me contava do primeiro beijo, da primeira tentativa frustrada de "dormir" com a prima. Enfim, era uma amizade muito legal. E gostar dele me dava medo, medo de estragar a amizade, medo de estar confundindo as coisas...


Embora a gente tivesse ficado muito amigo, ele ainda me irritava e me infernizava com essas molecagens (é, ele continuava fazendo molecagens.) Imaginem o quão ridícula é essa situação: 8ª série - eu tinha um caderno de poesia. E esse caderno era cheio de poeminhas pra ele, mas ao invés do nome dele tinha a quantidade de traçinhos que eu utilizaria para escrever o nome dele: ----- ! Quando ele soube do caderno, fez de tudo pra conseguir pegar. Eu tentei adicionar mais espaçinhos pra não dar na cara que era ele, mas não deu tempo de alterar o caderno inteiro. Então, quando ele viu, começou a me perguntar pra quem era as poesias. E eu inventei que tava gostando de um menino da minha rua. E ele saiu correndo com o meu caderno e enfiou debaixo do bebedouro. Molhou o caderno inteiro e jogou no lixo. Isso é coisa de alguém que tá na 8ª série fazer? Tudo bem, caderno de poesia com traçinhos no lugar d nome também não é coisa de quem tá na 8ª serie. Mas enfim... eu fiquei com muita raiva dele! Mais raiva ainda de mim, por gostar desse moleque tão sem noção. E nossa relação/amizade era assim. Super conturbada.

As coisas pioraram no ano seguinte. 1º colegial. A escola inteira sabia que eu gostava dele, menos ele. Até os professores sabiam que eu gostava dele, e ele não. E ninguém entendia porque eu gostava tanto dele, ele era mais baixinho que eu, mais irritante que eu, mais sem noção que eu. Ele era tudo o que eu detestava em um cara, e ainda assim, eu gostava dele. Mas ele não era galinha, pelo menos não até começarmos a brigar. Uma vez, na 8ª série, ele me perguntou: 

- se um cara te roubasse um beijo, você beijaria ou ficaria muito brava com ele?
- sei lá, depende de quem fosse o cara!

Ele ficou pensativo, mas não disse mais nada. Depois desse dia ele começou a fingir que ia me beijar, mas colocava a mão na frente. Meio que tampando a boca, sabe? E foi assim até as aulas acabarem. Já no 1º colegial, ele ficou descarado. Me agarrava e roubava selinho mesmo. Eu podia dar o chilique que fosse, que ele não se importava. Depois de tantos selinhos roubados, ele me perguntou porque eu não ficava com ele. Eu falei que ele era meu amigo, que não tinha nada a vê, que não queria estragar nossa amizade, fiquei roxa de vergonha e não sabia o que fazer. Pra mim, naquela época, ficar era coisa de outro mundo. E eu não queria ficar com ele e estragar tudo. Sei lá, não saber beijar direito, não dar certo, gostar mais ainda dele. Neuras e mais neuras.

Ele insistia bastante e a gente acabava brigando sempre. Ele parava de falar comigo, chegava na escola e não me cumprimentava, sentava longe. Dava oi pra todas as minhas amigas e passava reto por mim. Era sempre assim, num dia ele passava todas as aulas tentando me beijar, no outro, ele não falava comigo. Até que ele resolveu inovar. Ele me roubou um selinho. Sentou no meu colo, me prendendo e pediu um beijo. Eu disse que não ia dá. A gente acabou discutindo e ele disse que eu ia me arrepender. Okay, vou me arrepender! Agora sai de cima de mim. Eu não sabia do que ele tava falando, mas não pensei que ele falasse sério também. No dia seguinte, além de não estar falando comigo, ele pediu pra ficar com uma amiga minha! E o pior de tudo, ela aceitou. Ele fez questão de me falar que ia ficar com ela na hora da saída. No outro dia, a escola inteira veio me contar. Menos ele. A gente ficou alguns dias sem se falar. A menina queria continuar ficando com ele, mas ele não queria. Nem uma semana depois que eles tinham ficado, e que a gente não estava se falando, eu tava sentada na quadra na hora do intervalo. Ele sentou do meu lado e me abraçou. A menina deu um grito desesperado: que que isso? E ele respondeu: a gente tá namorando. Ela não levou a sério, mas ele insistiu. - É sério. Eu gosto dela, ela gosta de mim... e a gente resolveu namorar. Eu fiquei com você e ela ficou com medo de me perder, então assumiu que gostava de mim. E a gente tá junto agora! A menina gritou que nem louca, me chamou de Judas e mais um monte de coisas e eu nem tive tempo de falar nada. Eu tava tão (ou mais) chocada que ela. Ai ele falou no meu ouvido: me ajuda, eu não quero ficar com ela. Fiz besteira, me ferrei. Pelo menos finge que você gosta de mim e que a gente tá junto.

Quem dera eu pudesse apenas fingir que gostava dele. Mas esse episódio se repetiu com outras meninas, e exatamente igual. Ele me mimava, se enchia, surtava, falava que eu ia me arrepender e chegava em alguma amiga minha! Ai a gente ficava sem se falar, e assim ia indo. Nesse meio tempo eu tinha conhecido um menino que era super bonzinho comigo, e depois de muito insistir eu resolvi ficar com ele. Ele tava sendo tão legal, tão fofo comigo que eu até achei que tava mesmo gostando dele. Tava toda apaixonadinha. Mas eu fiquei com o menino e ele acabou voltando com a ex namorada. Quando ele soube que eu tinha ficado com o menino, ele deu o maior piti do mundo! Me xingou, me falou um monte, ficou me zoando que o cara tinha voltado com a ex e que eu era uma idiota. No meio de tantos elogios, ele soltou um: se você tivesse ficado comigo, eu jamais teria feito isso com você! Nunca. Nós dois ficamos assustados e quando ele deu conta do que tinha falado, tentou disfarçar me xingando mais ainda. Troxa, burra, corna, idiota!

E era engraçado porque, mesmo sem falar comigo ele continuava querendo mandar na minha vida. Uma vez a professora tava vistando os cadernos, e eu tava com preguiça de levar o meu até lá. Um outro menino se ofereceu pra levar o caderno pra mim e fez piadinha: eu levo pra você amor, namorado é pra essas coisas! Na mesma hora ele levantou, tomou meu caderno da mão do menino e entregou pra professora. Depois trouxe de volta, jogou na minha mesa e continuou sem falar comigo. Alguns dias depois ele veio me pedir desculpa. - me desculpa pelas coisas que eu falei. eu só não entendo porque você é assim. mas eu não tinha o direito de te xingar, nem de rir da sua cara. Ele que foi idiota com você, você não teve culpa.

Ele cantava músicas pra mim, me escrevia bilhetinho, passava o intervalo abraçado comigo. Ai ele tentava me beijar, surtava e acontecia tudo de novo. E mesmo nessa relação de amor e ódio, ele continuava sendo absurdamente irritante. Escondia minhas coisas, bagunçava meu cabelo, tentava colar chiclete. Brincava de tiro ao alvo mirando em mim. Enfim, eu realmente não entendo porque eu gostava tanto dele. O ano tava acabando e ele ia mudar de escola no ano seguinte. Virou uma corrida contra o tempo, ele não me dava sossego. Toda hora ele tentava me beijar, eu ia cumprimentar ele, ele me roubava selinho, eu tava fazendo lição, ele roubava selinho. Era o tempo todo assim. Até que ele se encheu. Novamente ele disse que eu ia me arrepender, mas que dessa vez ele não ia fazer absolutamente nada. Eu que ia perceber a mudança e ficar mal. E então ele ficou muito tempo sem falar comigo. E eu realmente fiquei muito mal. Mas de qualquer forma, não fui atrás dele.

Acho que ficamos uns dois meses sem nos falar. Até o dia em que nos dois fomos trancados pra fora da sala.  Chegamos atrasados pós-intervalo e o professor não nos deixou entrar, exatamente o mesmo professor que sabia que eu gostava dele. E como esse professor tentava me ajudar! Ele me pedia pra entregar lições pra ele, provas, cadernos, colocava a gente pra sentar junto. Enfim, ele ria muito da situação, e talvez até tenha sido por isso que ele nos deixou para fora da sala. Eu sentei na escada e um amigo nosso foi até lá e sentou também, ele veio atrás e sentou com o menino. Ficou aquele silêncio constrangedor. Até que ele me perguntou:

- eu não sei se você reparou que eu tô diferente com você, né?
- reparei que você não fala mais comigo.
- é! e você tá feliz com isso?
- não, não tô. mas você vive fazendo isso, vou fazer o que?

O professor abriu a porta da sala e falou que se a gente quisesse podia entrar. Meu amigo levantou e quando eu ia levantar também ele pediu para que eu matasse aquela aula com ele, porque ele queria conversar comigo. Tudo bem, meu amigo entrou na sala e fechou a porta. Eu sentei de novo na escada e a gente continuou:


- você sabe por que eu parei de falar com você?
- não, não sei. você ficou bravo que eu não quis te dar um beijo e decidiu nunca mais olhar na minha cara.
- taty, eu não consigo te entender!
- ...
- eu insisti tanto pra ficar com você, você nunca quis ficar comigo.
- depois que você pegou a escola inteira, você ainda quer que eu fique com você?
- não vem com essa pra cima de mim, não. eu tô falando sério com você, então também fala sério comigo.
- mas é verdade.
- você nunca quis ficar comigo, mas ficou com aquele idiota. e pra que? pra ele voltar com a ex namorada e ainda assim continuar xavecando você. essa é a sua definição de cara que presta?
- não, não é. mas eu não sabia que ele ia voltar com a ex. não tenho bola de cristal.
- é, mas você me conhece. a gente é amigo, e ainda assim, eu não te entendo.
- nem eu me entendo.
- você tem medo do que?
- eu não tenho medo de nada.
- tem sim. você não fica com ninguém nunca. se fosse só comigo, tudo bem. o problema seria eu. mas você é assim com todo mundo.
- eu não sou assim com todo mundo.
- frescura você só fica comigo, mas bota você dá em todo mundo.
- você mesmo tá falando que eu fiquei com um falso-bonzinho.
- é, mas desde que eu te conheço, e já são 3 anos, você só ficou com esse. eu quero entender por que. você tem medo de não saber beijar? de não ser legal? do cara não curtir? de se apegar? você tem medo que eu mude com você? deixe de ser seu amigo? sei lá!
- eu não tenho medo de nada. eu não fico com ninguém porque eu não quero. (mentira, eu morria de medo de tudo isso... mas meu orgulho, sempre presente, nunca me deixa falar o que eu sinto, até hoje)
- mas e se for pra gente namorar? e se eu também gostar de você? se a gente ficar ainda mais próximo?
- ha ha ha!
- você gosta de mim!
- queeee?
- é, você gosta de mim.
- é claro que eu gosto de você, você é meu amigo.
- não, você realmente gosta de mim.
- não gosto.
- gosta, todo mundo fala que você gosta.
- todo mundo tá louco.
- taty, eu nunca brincaria com você. se eu insisto tanto é porque eu realmente quero. eu não teria motivos pra parar de falar com você, pra fingir que você não existe, pra te tratar mal se não fosse por isso.
- você me trata mal porque você é folgado e mal acostumado. eu nunca te tratei mal.
- eu te trato mal porque você não sabe o que quer. alias, sabe. mas tem medo.
- eu não tenho medo.
- então me da um beijo?
- não...
- ta vendo?
- tá vendo, o que?
- medo.
- eu não posso simplesmente não querer beijar você?
- não, não pode. porque você tá me dizendo uma coisa, mas seus olhos tão me dizendo outra.
- não tá dizendo nada. (e super sem graça eu ficava tentando desviar o olhar)
- olha pra mim e fala que você não quer!

Nisso o sinal tocou. Eu levantei pra gente ir embora. Ele levantou e segurou o meu braço pra não me deixar sair.


- responde a minha pergunta, você gosta de mim?
- não, não gosto. (olhando pro chão e tentando sair)
- olha no meu olho e responde a minha pergunta.

Eu olhei. Não saiu, não consegui falar absolutamente nada.

- me solta, eu tenho que ir pra casa.
- não foge do assunto. responde.
- eu não gosto de você! deixa eu ir.
- olha pra mim.
- não quero olhar, quero ir embora.
- tem certeza que vai ser assim?
- tenho. tchau!

E sai andando mais rápido que qualquer outra coisa no mundo. Completamente confusa e assustada. Depois desse dia tiveram mais alguns dias de aula e ele não falou comigo. No ultimo dia, ele veio cantar uma música pra mim. Depois disse: eu nem preciso dizer que você não vai mais me ver e vai se arrepender né? Ano que vem eu tô em outra escola e você perdeu sua chance, nossa chance. Eu dei um sorriso amarelo e sai.


Passei o 2º colegial inteiro sentindo uma saudade absurda dele. Mesmo com ele longe, sem ter contato nenhum, eu ainda gostava dele. Ele me ligou algumas vezes, pra falar sobre nada, mas com o tempo nosso contato foi diminuindo. Um dia um amigo meu e eu resolvemos passar na casa dele, ele nos atendeu e ficou fazendo piadinhas: que saudade que eu tava de você. olha, tá com mais peito que antes, e essa bunda? blá blá blá. Até que meu amigo comentou:

- você não sabe com quem a Taty ficou!
- com você?
- não....

Ele mudou de assunto. 

- essa escola que eu tô agora é fod*, puxada pra caralh*!

Meu amigo insistiu:

- você não faz nem idéia.
- não quero saber.

Depois de muito conversar eu vim pra casa e chorei tanto, mais tanto. E meu amigo falando: eu acho que ele realmente gosta de você! você viu como ele ficou? como mudou de assunto! Um bom tempo depois, quase um ano na verdade, eu comecei a namorar. Nunca mais tinha tido notícias dele até ficar sabendo que ele ia pra uma festa com a gente. E que ele tinha combinado de encontrar o pessoal aqui, na minha casa. Eu entrei em choque. Não sei ao certo porque, mas fiquei com medo.

Eu nunca mais tinha visto ele, nem falado, nem nada. Não sabia como ia ser. Tava namorando a pouco tempo, meu ex sabia que eu tinha gostado dele, e sei lá... fiquei totalmente confusa. Ele chegou antes de todo mundo, antes até do meu ex. Pedi pra ele entrar e continuei me arrumando enquanto o pessoal não chegava. Ele ficou em silêncio, olhando enquanto eu penteava o cabelo. Ele me olhava esquisito. Ai ele viu uma foto da formatura da 8ª série e comentou: 



- mo saudade da escola né? 
- eu ainda tô lá. não tem como ter saudade. - e ri.

Ele sorriu e falou: 

- mas eu não tô mais lá, tô em outra. Então eu posso ter saudade. 

Sentei pra arrumar meu sapato, ele levantou de onde estava e sentou na minha frente, olhando pra mim. Ficou aquele silêncio estranho, ele bem na minha frente, me olhando e eu sem saber o que fazer. Nisso o pessoal começou a chegar. Quando meu ex chamou no portão eu tava tão pálida que parecia que ia morrer, ou que já tinha morrido, sei lá. Ele percebeu que eu tava esquisita e perguntou: tá acontecendo alguma coisa? não, nada. depois eu te explico.

Assim que ele entrou, ele fechou a cara. Na hora ele soube que aquele, era o tão famoso menino que eu gostei por quase 4 anos. Entramos no carro pra ir pra balada e ele sentou atrás do meu banco. E ficava me cutucando, mexendo no meu cabelo. Pra variar, me irritando. Pior que eu não podia nem dar chilique porque meu ex ia ficar muito bravo. Então eu fui toda torta, quase colada no vidro, pra ficar longe do banco e ele não conseguir me alcançar. Quando estávamos na fila, meu ex  me chamou de canto e perguntou: esse é o menino que você gostava? Eu respondi que sim e ele completou: gostava ou gosta né? vai saber.

Mas eu definitivamente não gostava mais dele. Eu senti medo por não saber o que eu ia sentir, mas quando eu o vi não senti nada, foi normal. Só senti aquela saudade de amigo, de quando a gente era melhor amigo. Lá dentro da balada, eu tava num canto com meu ex e meu ex veio me dar um beijo. Ele entrou no meio e separou. Fez piadinha que não queria ver essas sem vergonhices. Quando meu ex veio de novo, ele separou outra vez e falou no meu ouvido: já falei que eu não quero te ver fazendo isso. Um tempo depois, eu beijei meu ex, ele entrou no meio e falou: é assim? fica olhando então. Foi e ficou com uma das meninas que estavam com a gente. Beijava ela de olho aberto, olhando pra minha cara. Passou a noite inteira me encarando. Eu tentando disfarçar, meu ex sem entender. Uma situação super chata.


No dia seguinte ele me chamou no MSN e perguntou:

- você tá mesmo namorando sério né?
- tô :D
- você tá feliz?
- muito!
- mesmo?
- simmm!
- você gosta dele?
- gosto.
- você realmente gosta dele?
- gosto! na verdade, gosto bastante.

Alguns minutos de silêncio.

- é, tinha que ser assim.
- o que?
- só tô comentando, que realmente tinha que ser assim...
- mas eu não entendi.
- deixa pra lá!
- ?
- vou sair, depois a gente se fala. boa sorte Taty.


E a gente ficou muito, muito tempo sem se falar depois disso. Quando terminei meu namoro pela 1ª vez, eu fiquei super mal. Eu sei lá como, ele soube. Me ligou. Convidou pra ir num churrasco na casa dele, disse que não queria que eu ficasse triste, foi super legal comigo. Amigo mesmo. Todo mundo foi no churrasco, menos eu. Eu tava tão mal que eu não queria nem sair pra nada. Eles me ligaram de madrugada do churrasco, falando que eu devia ter ido. Mas definitivamente, eu não tava no pique. Um tempo depois eu voltei com meu ex e soube que ele estava namorando também, inclusive a namorada dele tinha ficado super brava que ele me convidou pro churrasco. 

Depois que ele começou a namorar, ele voltou a falar comigo normal. Me mandou depoimento no orkut, conversava comigo direto, vivia me deixando recado até que a namorada dele começou a me xingar. Ele me pediu desculpas por ela ser louca, mas depois de um tempo a gente acabou perdendo o contato de novo.  Conversamos mais algumas vezes depois disso, porque eu estava preocupada com o meu pai e também mal pelo fim definitivo do meu namoro, ele me deu a maior força, ficou super preocupado... mas quando tudo foi melhorando a gente foi parando de se falar de novo. E como sempre acontece quando existe a "distância", ele perdeu o contato com todos nós, que éramos da mesma turma. Dessa vez perdemos o contato de vez, já que ele teve que me deletar até do MSN. E se eu falar que eu nunca percebi que provavelmente ele também gostava de mim, vocês acreditam? Por mais estampado que fosse o que eu sentia por ele, ele não acreditava. Por mais que as atitudes dele demonstrassem algo, eu também não conseguia enxergar. Estranho né?

Até hoje todos nós sentimos falta dele na turma. Agora vocês entendem porque ele faz falta, né? Como nessa turma só tem "infernos" que, embora sejam muito meus amigos, sentem prazer em me irritar, ficou sobrando o lugarzinho dele. Meus melhores e meus piores, lembra? 

Só pra finalizar: Como vocês devem ter notado, até o cara mais "bad-boy" que eu já gostei, fica bonzinho perto dos caras que a gente conhece hoje em dia! Okay, eu tenho mais uma história sobre "bad-boy"! Mas essa fica pra outro dia!