' Falta tanta coisa na minha janela como uma praia, falta tanta coisa na memória como o rosto dele*, falta tanto tempo no relógio quanto uma semana, sobra tanta falta de paciência que me desespero. Sobram tantas meias-verdades que guardo pra mim mesma*, sobram tantos medos que nem me protejo mais, sobra tanto espaço dentro do abraço, falta tanta coisa pra dizer que nunca consigo..

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Pra que, Coração?

Eu precisava dizer algo, eu sei. Mas será que realmente havia algo pra ser dito? Quando uma situação chega ao extremo, existe mesmo algo a se dizer? Me desculpa, eu não posso. Não consigo, não sei! Talvez eu não queira. O fato é que dói. Dói e destrói tudo o que toca. Machuca sempre que você se lembra. Não importa quanto tempo passe, aquela dor não te abandona. Por que tem que ser tão difícil descobrir e correr atrás daquilo que realmente nos faz feliz? Por que tanto medo de tentar? Desapegar das coisas e das pessoas não deveria ser mais fácil? Principalmente daquelas coisas e/ou pessoas que só nos fazem/fizeram mal? Mas por que a gente teima e insiste tanto em remexer algo que só vai doer? Quanto mais a gente tenta não pensar, mais a gente pensa. E aquele força toda que a gente pensava ter, desaparece. Coração burro! Não sabe o que faz, não sabe com quem se mete, não escuta ninguém, não prevê o quanto se machuca. Se quebra em mil pedaços e ainda se acha valente. Pensa ter forças suficientes pra continuar a lutar. Será que ele não enxerga que já está derrotado? Esgotado? Como pode coração? Você não se cansa? Não vê que quanto mais insiste, mais você se machuca? Você já tá cheio de cicatrizes, por que não desiste? Entenda, Coração.. você foi feito pra bater, não pra apanhar! Sei lá, quantas vezes você já se pegou preso aquela dor filha da puta, sem saber o que fazer. Sem ter forças pra continuar... sem querer existir ou se lembrar? O problema é que você não se fode sozinho, coração. Você machuca nossas memórias, nossas recordações, detona nossa saúde. Nos transforma em monstros criadores de barreiras imensas, tentando impedir com que você faça a burrada de nos estraçalhar de novo. Você não pensa nas consequências, coração? Muito bonito você não medir esforços pra conseguir o que quer, pra ser feliz, tentar até não aguentar mais. Na teoria! Na prática, você não passa de um mimado, egoísta. Burro, burro, burro... e mil vezes burro! É tão egoísta a ponto de não pensar em outra coisa que não seja a sua vontade. E é tão burro que esquece de se valorizar e se cuidar para continuar inteiro. Alguém que entende dessas coisas sabe como desativar a opção de relembrar histórias? Alguém sabe como se desvincular do coração? Deixar o Cérebro no comando? Esse sim, sabe o que faz. Nunca nos decepciona, nunca nos machuca... só quando insiste em nos lembrar das coisas. Mas ainda assim, a culpa é do Coração. Ele não nos lembra nada que o nosso coração não tenha nos forçado a viver. Se dependesse dele, e SÓ dele nada disso aconteceria. Na verdade, ele nos lembra pra tentar nos proteger, enquanto o coração ignora todos os sinais que vê pela frente, sonhando com o príncipe encantado. Por favor, eu preciso de verdade desligar a chave que mantem o coração no comando. Só assim as coisas vão começar a dar certo! 



terça-feira, 24 de julho de 2012

Interessante?

Eu sempre postei um monte de coisas, textos e frases que, de alguma forma, falassem por mim. E por mais contraditório que isso pareça, eu sempre fui uma pessoa muito, extremamente, fechada. Embora muitos de vocês não acreditem, eu não consigo falar muita coisa. Mas, diferente do que acontece quando eu tenho que dizer algo, quando eu começo a escrever nem eu mesma sei a hora de parar. E hoje, enquanto estava mexendo no blog, fiquei extremamente feliz por perceber que a minha vida até é interessante (já que os meus posts com maiores visualizações, são posts que eu mesma escrevi)! :)


Eu sei, não tenho escrito muito ultimamente. Talvez esteja me faltando aquela inspiração chave, que nunca me faltou antes. O fato é que minha vida anda mais bagunçada que o meu quarto (e olha que isso é uma missão bem difícil)! Aconteceram tantas coisas, eu escrevi tantos textos, deletei, rasguei, me livrei. Não sei, não queria compartilhar tanta coisa ruim com vocês. Ou talvez eu não quisesse ter um texto que me fizesse lembrar de todas essas coisas futuramente. Mas, se existe uma coisa que não nos abandona mesmo, e no meu caso, não me abandona NUNCA, é a nossa vocação pro "dramalhão"! Tá pra nascer atriz mexicana mais dramática que eu! Acho que esse é o lado ruim de ser uma pessoa intensa, tudo, todos os sentimentos, são intensos. E eu odeio quando resolvo intensificar aquilo que me faz mal! Você sabe que aquilo nunca vai dar certo, que só te trás mais e mais dor de cabeça, que sempre acaba te machucando mais do que já tinha machucado, e olha que você achou que fosse impossível piorar, mas não, sempre piora! Se tem uma coisa que eu aprendi sobre a vida é que nada é tão ruim que não possa piorar! NADA! Fique ciente, não existe esse negócio de "fundo do poço". Você pode até achar que já está lá, mas sempre é possível afundar mais um pouco. Digamos que o poço é infinito, e se você não lutar pra sair dele, nunca vai estabilizar. 


Na verdade, esse post não é pra falar sobre nada. Era só pra agradecer! As visitas, os comentários, as marcações, indicações... enfim, é legal saber que alguém lê o que você escreve. Como as pessoas que me conhecem devem saber, eu sempre tive essa "crise da vida exposta" muito insistente, escrevia muito e depois me arrependia mais ainda por deixar as pessoas me conhecerem tanto! Isso sempre me irritou muito. E esse foi um dos principais motivos que me levaram a deletar vários e vários blog's. Mas com esse eu até tô comportadinha, deletei algumas (muitas) postagens, mas aos trancos e barrancos o blog completou 2 anos e meio... vejam só! E por mais "invasivos" que tenham sido alguns textos, eu os mantive aqui, firme e forte! 


Como eu disse, sei que não tenho publicado muita coisa. Mas estou tentando ser mais presente. Postar todas aquelas coisas que eu escrevi e nunca publiquei. Tentando arrumar a bagunça que eu fiz na minha vida e organizar tudo isso em um bom texto. Enfim, se eu não demorar pra resolver algo, não sou eu né?

quarta-feira, 18 de julho de 2012

As pessoas querem ser amadas.

Querem ser valorizadas e respeitadas. Querem se sentir únicas e especiais. Querem ser felizes com alguém que as complete, entenda e faça somar. Querem sentir que são raras, como um tesouro. As pessoas querem acreditar que o amor pode curar feridas e remediar medos. Querem fugir da dor, no calor de um abraço. Querem sentir o doce da vida no beijo apaixonado. Querem saber que vale a pena. Querem uma entrega por inteiro. Querem ver dois pés firmes no chão, nenhum atrás. Querem certeza, dedicação e segurança. As pessoas querem viver um grande amor. Querem encontrar sua alma gêmea. Querem sentir o sangue quente, no calor da pele. Querem ter prazer. Querem sonhar de olhos abertos. Querem fazer planos. Querem deixar de ser tão realistas. As pessoas querem ver, nos olhos de alguém, a esperança de que contos de fadas podem ser reais. Afinal, quem os escreveu, desejava o mesmo.


- Aline Neves

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Ele vacila, mas nunca vai embora.

Eu surto, fico monotemática, tenho paranoias a todo minuto, me canso, saio, volto, descanso, a gente briga, mas ele não vai embora. Tenho crise de TPM, crise de ciúme, crise de neurose, crise de carência e ele ali. Eu mudo o cabelo, a roupa, a maquiagem, o esmalte, os piercings, os sapatos, os sonhos, a vida, engordo, emagreço, a gente briga outra vez, ele continua. Entra e sai gente da minha vida a todo instante, gente que eu nem esperava, menos ele. Outros caras são mais gentis, carinhosos, me mandam flores e me enchem de atenção e elogios. Me deixam maravilhosamente bem por alguns dias contados, não mais que isso. Mas ele, do jeito completamente torto dele, sempre fica. Do jeito lindo dele, sempre. Ninguém nunca tinha ficado antes. É por isso que eu fico também.