' Falta tanta coisa na minha janela como uma praia, falta tanta coisa na memória como o rosto dele*, falta tanto tempo no relógio quanto uma semana, sobra tanta falta de paciência que me desespero. Sobram tantas meias-verdades que guardo pra mim mesma*, sobram tantos medos que nem me protejo mais, sobra tanto espaço dentro do abraço, falta tanta coisa pra dizer que nunca consigo..

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Cara, eu sou muito juvenil!

Eu quase morro em cada fim de relacionamento. Não é modo de falar, não. Eu realmente quase morro. Eu choro por dias, passo mal, fico numa deprê profunda. Parece que arrancaram meu coração com a mão e agora estão brincando de acende e assopra. Que dor do CARALHO! E o pior é que eu NUNCA aprendo. Não vou citar términos de casinhos, namorinhos rápidos ou algo do tipo. Mas pra que fique bem claro, o quanto eu sou uma adolescentezinha idiota que não cresce nunca, preciso compartilhar meus namoros com vocês. Quando eu terminei com o meu primeiro namorado eu quase morri! Literalmente. Estávamos passando por algumas dificuldades por causa de trabalho e tempo pra se encontrar, e resolvemos conversar. Alias, ele resolveu. Eu não sabia de nada. O "bonito" chegou na minha casa e eu fui toda feliz encontra-lo no portão. Me perguntando o por quê da visita surpresa. Feliz da vida com tamanha saudade (quanta inocência)! Conversamos, principalmente sobre o fato dos trabalhos não estarem ajudando no relacionamento, e até pensamos na hipótese de terminar. Mas foi aquele chororo todo. Eu choro, ele chora, ambos choram mais ainda e não passa disso. Vamos resolver isso juntos! E fim. O fato é que eu não esperava essa conversa. Eu tava feliz da vida, mesmo com as dificuldades, e de repente, ele me jogou um balde de água fria. Mesmo não tendo acontecido nada, eu fiquei tão mal, mas tão mal, que não conseguia mais comer, dormir, nem fazer nada da minha vida que não fosse chorar. Conclusão? Ganhei meus quatro primeiros pontinhos na cabeça! Sim, eu fui tão babaca, fiquei tão mal, sem comer, sem dormir, sem fazer nada que não fosse chorar, que acabei desmaiando e rachando o chifre no chão. Presente pra vida inteira, né? De fato, eu era uma adolescentezinha nessa época. Tinha 16 anos. Mas eu não aprendi com o tempo. Terminamos pela primeira vez, eu já tinha 19 anos. Eu fiquei muito mal. No mesmo esquema do falso término. Mas dessa vez, foi um pouco pior. Primeiro, por ter sido um término de verdade. Segundo, porque o mundo começou a desmoronar nas minhas costas ao mesmo tempo. Minha vó faleceu, meu namoro acabou, meu pai ficou doente. Tudo, acontecendo ao mesmo tempo! E quando eu pensei que não pudesse mais aguentar, eis que ressurge o ser, querendo voltar. Foi difícil, conturbado, insistente. Acabamos voltando depois de um mês e meio separados. Um mês e meio que nunca nos deram paz. Era um tal de jogo na sua cara daqui, joga na minha cara dali. Nosso namoro durou mais um ano. E ai sim, terminamos definitivo. Eu já estava com 20 anos. Mas continuava a mesma adolescentezinha burra, chorona e mimada. Meu Deus, eu juro.. em muitos momentos eu pensei que ia morrer. A dor era tanta, tudo era tão mais intenso, meu mundo cor-de-rosa deixou de existir num piscar de olhos. Eu descobri o mundo, as pessoas, e tudo que eu via era podre. Eu chorava em casa, chorava na aula, chorava no trabalho. Chorava no bar, chorava na balada, chorava até dormindo. Foi uma das piores fases da minha vida. E claro, que veio o pacote completo de novo! Minha outra vó (dessa vez a que morava comigo) também faleceu. Ele resolveu ir embora pra longe, e mesmo com todas as coisas ruins que vinham acontecendo.. vira e mexe a gente se pegava discutindo sobre voltar. Eram promessas e mais promessas, juras e mais juras. Só Deus sabe como foi difícil me afastar de tudo isso! Como eu sofri por anos (anos mesmo, quase 4, pra ser mais exata). 4 anos de namoro, quase 4 anos de sofrimento pós-termino. Cara, eu já tinha quase 24 anos, quando conheci meu atual (ex, sabe Deus, se é, se vai ser, e eu espero que não). Nunca mais tinha conseguido me entregar, ou me envolver dessa forma com ninguém. Mas ele apareceu, diferente de tudo, de todos... e as coisas foram acontecendo sem que eu pudesse perceber. Esse mês completaríamos 2 anos de namoro. E eu já tô com quase 26 anos. O fato é que essa indecisão, essa duvida, esse término não término estão acabando comigo! Exatamente como acabaram a anos atrás.
Eu sei que existe muita coisa pior na vida, muita coisa que realmente vale a pena chorar (se é que vale a pena chorar por alguma coisa, já que, se estamos mal, é porque provavelmente não tem solução. E se não tem solução, de que adianta chorar?), enfim.. eu não aprendi nada com o passar dos anos. Eu me joguei e quebrei a cara da mesma forma. Eu tô sofrendo tanto (ou até mais, por de novo passar por tudo isso). Tô de novo nessa babaquice de não comer, não dormir, só chorar. Meu estômago tá me matando. Não paro de vomitar. Minha cabeça parece que vai explodir. Tive minha primeira crise de enxaqueca, nunca tinha tido isso NA VIDA! E eu me pergunto, por que? Todo mundo sabe que não é o fim do mundo. Que nós não vamos morrer. Que sempre existe outro alguém. Que uma hora vai ser. Que não adianta sofrer. É fácil, é lindo, é simples... na teoria. Na prática eu sinto meu coração sendo devorado por um daqueles monstros de filmes de terror! E isso com certeza, me torna o Ser mais juvenil da Terra.

2 comentários:

  1. Que relato! É bom compartilhar sempre, acontece com todo mundo, é difícil mesmo. bjs

    livrorosashock.blogspot.com.br

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  2. Eu também sou assim, tenho 20 anos e quando se trata de fim de relacionamentos também fico vendo a hora morrer. É horrível!!

    --
    http://livroseoutrasalegrias.blogspot.com.br/

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