' Falta tanta coisa na minha janela como uma praia, falta tanta coisa na memória como o rosto dele*, falta tanto tempo no relógio quanto uma semana, sobra tanta falta de paciência que me desespero. Sobram tantas meias-verdades que guardo pra mim mesma*, sobram tantos medos que nem me protejo mais, sobra tanto espaço dentro do abraço, falta tanta coisa pra dizer que nunca consigo..

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Tu pensa que não vai doer, mas dói;

Você me viu chorando e eu saí correndo. Eu nem sabia o por quê de correr, mas estava ciente da tua voz gritando por mim e dos teus passos a uns dois metros e meio atrás de mim, tentando me alcançar, tentando me parar. Sentei em um lugar onde costumávamos conversar, com todos os outros amigos. Me arrependi no ato, era melhor continuar correndo, pra qualquer lugar que fosse. Estar ali me fazia mal, não queria reviver aquelas lembranças, não naquela hora, não com você ali.
- Você está fugindo de mim exatamente como fazia antes, Carol*.
- Pensei que você nem lembrasse mais meu nome.
- Pára com isso, vamos conversar.
E não falamos nada. Não tinha o que falar, nós costumávamos nos entender com o olhar, e hoje nem as palavras ajudam. Nada ajuda. Você não percebe que tudo acabou? Que você mudou, que eu mudei?
Hora de todas essas lembranças sumirem.


- Escrito por Myrlla Bittencourt.

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